Lenda do Diamante
Cultura indígena
Conta-se que numa aldeia, o casal Itagibá e Potira vivia feliz. No entanto, a tribo foi atacada e Itagibá precisou partir para a guerra com os outros guerreiros de sua tribo. Assim, para alcançarem o terreno inimigo, Itagibá subiu na canoa e seguiu rio acima. Em lágrimas, Potira, despediu-se de seu amado enquanto sumia como um ponto distante.
Desde então, não houve um só dia que a mulher não tenha velado à beira do rio esperando pelo seu amado. Passaram-se várias luas antes que os homens voltassem para casa. Quando Potira avistou as embarcações no horizonte sentiu uma grande alegria, pois Itagibá estaria entre eles. Qual não foi sua surpresa ao perceber que seu marido não havia regressado do combate! A moça se desesperou e começou a chorar amargamente. Triste, caiu na areia da praia e soluçou sem parar. Tupã, o deus dos indígenas, compadecido com a dor da jovem, transformou suas lágrimas em diamantes, que só podem ser descobertos entre os cascalhos e a areia do rio.