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Pataxós

Os pataxós localizam-se no extremo sul da Bahia e ao norte de Minas Gerais, onde se encontram predominantemente em Barra Velha (sua aldeia natal). Sua língua é do tronco Macro-Jê e da família linguística Maxakalí (já extinta). Existem, aproximadamente, 12300 indígenas desta etnia.

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©Pedro Nunes

Processo histórico

A partir do século 16, os Pataxós já contam com registros de sua presença as margens do rio de Porto Seguro.

 

A hostilidade sempre esteve presente em sua formação, seja por parte dos colonos em seu processo de catequização ou até mesmo por outras comunidades indígenas aliadas a eles repectivamente; Um homem chamado José Xavier Machado Monteiro mostrava desapreço pelos indigenas e proíbia de seus líderes de utilizar outra lingua além do português.

 

Já quase ao fim do século 18, foram reportados “bárbaros Pataxó”, localizados no Monte Pascoal e Porto seguro, que seriam alvo de produção Agricola para os colonos, durante esse processo foi profanado à D. Pedro II que a terra mais fértil e rica do brasil estaria aos arredores do Monte, sendo assim, a fim de aproveitar melhor o comércio foi criada a Vila do Prado por ordens de D. João, os indigenas presentes foram então removidos do local.

 

A partir de 1810, teve-se a ideia de fixação dos pataxós em aldeias, por José Marcellino da Cunha que pretendia trazer “paz” ao pataxó.

 

Com o passar do tempo foi determinado que os pataxós seriam transferidos à sua aldeia referida de aldeia-mãe, em Barra Velha ou também chamada de Bom Jardim.

Cultura

Cada aldeia tem um líder, chamado cacique, que é o porta-voz do mundo exterior e do interior. Uma variedade de razões poderia levar alguém (geralmente um homem) a se tornar um chefe, e raramente prevaleciam mecanismos genéticos ou familiares de sucessão de privilégios.

O grupo Pataxó fala Patxôhã, que significa língua do guerreiro. Pertence ao ramo Macro-Jê da família lingüística, que está na mesma família lingüística da família lingüística Maxacali.

A linguagem é considerada uma forma de interação entre o homem, a natureza e o espírito.

O Heruê, mais conhecido como Awê, é um ritual coletivo, sempre acompanhado de maracás, danças de roda ou linha, e cantorias na língua dos ancestrais. Significa amor, unidade e espiritualidade. Rituais marcados pelo poder de expressão e movimentação corporal despertam o respeito ao próximo, à natureza e ao sagrado, e transmitem paz, alegria, energia, compreensão e força.

A pintura corporal tem alto valor cultural, pois os indígenas pataxós a utilizam como carteira de identidade. Existem diferentes significados e simbologias que devem ser seguidas para homens e mulheres solteiros e casados. Representa cada pessoa, objeto e estado mental diário divino. Na cultura Pataxó são utilizados o ocre vermelho, preto, branco e amarelo, cores retiradas da natureza, urucum, madeira de jenipa, carvão e argila.

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