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Tupiniquins

Os tupiniquins são um dos povos mais citados e conhecidos do Brasil. Estão distribuídos em três comunidades no norte do Espírito Santo, todas no município de Aracruz, próximas a essa cidade ou à de Santa Cruz e à Vila do Riacho, e possuem cerca de 2900 habitantes. 

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©Luiz Felipe Pego

Processo histórico

Um dos primeiros contatos dos indígenas tupiniquins com o europeu foi no processo de criação da Vila de Nova Almeida. No século XVI, os Tupiniquim ocupavam uma faixa de terra entre Camamu e o rio São Mateus (ou Cricaré), no estado da Bahia, estendendo-se até a província do Espírito Santo. Também viviam na região do rio Piraquê-Açu, onde o jesuíta Afonso Brás fundou a Aldeia Nova em 1556.

 

Eventualmente, a criação do Aldeamento dos Reis Magos e um surto de varíola em 1580 trouxeram o declínio de Nova Aldeia, acelerado por ataques de formigas que destruíram plantações indígenas. Houve, então, uma concentração de população em Reis Magos, que logo se tornou um denso povoado de indígenas quase exclusivamente tupiniquins. Este aldeamento deu origem à Vila de Nova Almeida.

Cultura

Atualmente, a maior parte dos Tupiniquim se declara católica. Curiosamente, herdaram de seus ancestrais o receio de se utilizar da língua nativa por causa das perseguições a que seus antepassados estavam sujeitos. O antigo tupi já é totalmente desconhecido entre eles.

 

Já em relação a regras matrimoniais, os Tupiniquim mais antigos não as possuem diferentes das atuais, ou seja, as normas de parentesco não passaram por modificações significantes e são semelhantes às da população rural.

O mais significativo acontecimento cultural dos Tupiniquim era a Dança do Tambor (Banda do Congo). Fruto do sincretismo religioso, era comemorada em dias santos da Igreja Católica. Nela, o Capitão do Tambor, maior autoridade de sua organização social, todo paramentado, comandava uma banda, conclamando de um em um os indígenas nas portas de suas casas. Atualmente, a festividade permanece apenas na cidade de Caieiras Velhas. A festividade operou como um sustentáculo de sua resistência na região.

 

Em relação a produção econômica, possuíam um noção para divulgar e normatizar as práticas:  utilizavam um sistema que dividia o trabalho informal, onde um caçava, outro pescava e outro fazia a farinha, trocando os produtos entre si.

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